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Comunicações Orais

Vol. 1 No. Suppl.2 (2023): Resumos do VI Congresso Angolano de Cardiologia e Hipertensão - Angola

Pressão Arterial Elevada em Crianças Pré-Púberes: Importância e Desafios na Avaliação

DOI
https://doi.org/10.52600/2965-0968.bjcmr.2023.1.Suppl.2.22
Submitted
October 8, 2023
Published
2023-10-08

Abstract

Introdução: As doenças cardiovasculares continuam a ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo particularmente em adultos. Hipertensão na infância não é incomum, mas é notório a falta de preocupação dos profissionais em aferir a pressão arterial em crianças e adolescentes sempre que procuram atendimento médico. A ausência de dados sobre resultados adversos na idade adulta (por exemplo, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, insuficiência renal), relacionados a hipertensão pode ser a causa do não comprometimento. A prevalência de hipertensão nas crianças e adolescentes é aproximadamente 4 a 11,6%. O objectivo é explorar a importância e os principais desafios de aferir a pressão arterial em crianças e adolescentes.
Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, observacional em 198 crianças pré-púberes (7-11 anos) de ambos sexos matriculados em uma escola pública, aos pais foi aplicado um inquérito, avaliação dos parâmetros antropométricos e hemodinâmicos. Também foram obtidos dados em seis hospitais com serviço de pediatria. Os dados são apresentados como percentagem (%) e média ± desvio padrão. A significância estatística foi definida em p <0,05.
Resultados: A média de idade foi de 9,3 ± 1,4 anos. Cerca de 7,6% das crianças apresentaram baixo peso ao nascer. A prevalência da PA elevada foi de 14,6% (IC95%; 9,69 - 19,5), com 10,1% de pré-hipertensão e 4,5% que podiam ser hipertensos, enquanto o sobrepeso/obesidade foi 17,7% (IC95%; 12,4 - 23,0), sendo (7,1% sobrepeso e 10,6% de obesidade). Apenas 13,6% da amostra já haviam medido a PA e destes 17,2% tinham valores acima do normal, 132 (66,7%) crianças com história positiva de hipertensão na família (HHF), apenas 14,4% já tiveram a oportunidade de medir a PA pelo menos uma vez, sendo que 4,5% tinham pressão elevada. Dos hospitais inqueridos em nenhum deles os profissionais mediam a PA e notou-se a ausência de equipamentos adequados para o efeito.
Conclusão: A medição da PA em crianças é insipiente apesar da elevada prevalência, por outro lado é gritante a falta de equipamentos e da cultura de aferir a PA neste grupo etário.

References

  1. Não se aplica.

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