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Participaram 20 crianças com TEA nível 1, entre 7 e 8 anos, alocadas aleatoriamente em grupo controle (GC; n=10) e grupo experimental (GE; n=10). O GE participou de 24 sessões do EXVM, um jogo interativo "runner" controlado por expressões faciais, ao longo de 12 semanas. Avaliações antes e após a intervenção incluíram o Supine-to-Stand Test (STS), o Teste de Automonitoramento (TAT) e o Head-Toes-Knees-Shoulders (HTKS). Avaliadores cegos aplicaram os instrumentos para garantir rigor metodológico. O GE apresentou ganhos significativos no STS (+39,7%), TAT (+32,4%) e HTKS (+65,6%) com p < 0,01, enquanto o GC obteve melhorias discretas e não significativas. Na comparação intergrupos, os efeitos positivos da intervenção foram robustos: +20,3% (STS), +12,8% (TAT) e +34,8% (HTKS), todos com p < 0,01. Houve também redução da variabilidade e aumento da amplitude de respostas no grupo experimental. O exergame visuomotor demonstrou eficácia no aprimoramento da competência motora e das funções executivas básicas em crianças com TEA. Os resultados indicam que o EXVM é uma ferramenta promissora a ser integrada em programas terapêuticos multidisciplinares, promovendo maior engajamento, autonomia e qualidade de vida para essa população.